Está vivo!! Ah grande Rui Rio!

Ora bem!
Assim sim, apesar do meu pessimismo, afinal parece que ainda há quem tenha a fibra que demonstrámos em 74. O grande Rui Rio, um dos raríssimos políticos sérios, aproveitou o dia para meter a boca no trombone em relação à situação do país.
Não precisou de fazer ataques políticos nem exercícios de esquerda-vs-direita, simplesmente disse o que tinha a dizer.
Saudações aos portuenses, afinal a democracia ainda vive.

Como deseja o seu 25 de Abril?

Simples para se poder saborear o autêntico, ou com todo o tipo de temperos para um sabor mais complexo?

Hoje celebra-se o último grande feito da nação. Uma revolução popular que acabou com uma ditadura de mais de cinquenta anos e impôs o exercício de uma democracia moderna. Dito assim, parece um feito curriqueiro, daqueles que se pode observar quase todos os anos um pouco por todo o terceiro mundo, como foram os casos dos países árabes recentemente.
As semelhanças são só superficiais, o 25 de Abril foi um feito inédito e uma demonstração que os portugueses são capazes de se posicionar entre os povos mais evoluidos do mundo. O poder regente foi destituido por via da força, mas nunca se recorreu à violência. Uma vez deposto, foi substituido por uma comissão provisória que segurou a passagem ao processo democrático.
O país saíu à rua para festejar, mas fê-lo de forma civilizada e não desatando ao tiro e à porrada como se vê pelos países atrasados. Houve alguns actos de vingança por parte de grupos oprimidos durante a ditadura, mas a lei e a ordem funcionaram, reduzindo-os a uma minuscula onda de violência que foi rapidamente controlada e confrontada perante a justiça.



Por todos estes motivos, devemos, enquanto portugueses, estar orgulhosos. Mas será que ainda temos motivos para festejar? Ou será que o que foi conquistado já se perdeu?
A liberdade de expressão, no sentido último, ainda a temos. Toda a gente é livre para se reunir para debater os temas que lhe der na real gana. Fundamentalmente, toda a gente é livre de ter a opinião. Isto é sem dúvida importante, mas o conceito de democracia não se esgota aqui.
As vias de acesso à riqueza estão completamente na mão de um compadrio que vive à custa dos portugueses e goza com eles diariamente. Não é uma questão de direita ou esquerda, é falta de honestidade, falta de princípios, falta de ética.

Recentemente, o governo decidiu remover feriados nacionais. A forma como o 25 de abril não entrou sequer em discussão, é sintomática. Não se trata de ser mais ou menos importante que a implantação da república ou que a restauração da independencia, isso teria que ser submetido a um critério o mais objectivo possível, o problema é que ninguem ousa discutir porque não são capazes de o fazer de forma objectiva. Quem defender a remoção do feriado a 25 de abril é rapidamente chamado de fascista, salazarista, e quem se levantar pelo 25 de abril é logo comunista e come criancinhas ao pequeno almoço.

Pessoalmente conheço nacionalistas de direita e comunistas. Ambas as espécies são ricas em extremos. Ambas têm cabeças do mais funcional que existe, com visões claras da sociedade, e ambas têm grandes bestas que pensam que a soiedade é um jogo de futebol e que enquanto adeptos de uma equipa, devem dar porrada uns aos outros.

Ao leitor, deixo este apelo:. Não caia na ilusão do 25 de Abril à sua medida, é só uma ilusão. O 25 de Abril há muito que deixou de ser um dia a festejar, hoje é só um dia de lembrar. Uma espécie de memorial à liberdade que já tivemos.

Em vez de "25 de Abril Sempre!" proponho "em memória da democracia".

Breivik, maluco ou maluquinho?

Começou o julgmanto do assassino em série noruguês, e por toda a comunicação social se nota um total desnorte. Não é um desnorezinho daqueles em que os jornalistas não conseguem ou não querem ver a realidade de forma clara, é um desnorte total, estão mesmo desorientados, não sabem o que hão-de noticiar, se o devem fazer ou não, de que forma expôr a situação, se hão-de tomar uma opinião  declaradamente ou se devem noticiar este caso comindiferença.

Começaram por chamá-lo de terrorista cristão numa tentativa de dsculpabilizar o terrorismo muçulmano e fazer passar a ideia que o terrorismo não é um exclusivo do islão. Mas essa teoria da treta não tinha pernas para andar, rapidamente, até os mais críticos em relação ao cristianismo, aniquilaram essa teoria, reduzindo-a à sua condição de estupidez sem limites.
Falhada a primeira tentativa de manobra de diversão para evitar a discussão aberta sobre o problema que motivou este assassino e que é bem real, seguiu-se o típico desfilar de especialistas. Psiquiatras, especialistas em tolinhos, criminologistas e outros teóricos tiveram o habitual tempo de antena para pavonear as suas tretas. Mas isso tambem não colou. Até porque nunca se decidiram se o monte de merda que dá pelo nome de Breivik é maluco ou não.

Eu sempre achei deprimente esta moda de, cada vez que alguem comete um crime de violência extema, vir logo um batalhão de tótós gritar aqui d'el rei, que ele é doente mental, não pode ser culpabilizado. Eu como sou um portuga da província (mas que manda postas nas intérrenétes) tenho uma opinião mais simples:
Então mas passa pela cabeça de alguem, que um filho da puta (só para ofender, não sei se a mãe tem culpa alguma) que desata a matar jovens inocentes indiscriminadamente, não seja maluco? Eu não sei que tipo de pancada é que ele tem, nem tão pouco me interessa, que não as bate todas, isso é um facto. Outro facto, é que me estou a cagar para isso, ele fez o que fez, a culpa é dele, como tal deve enfrentar as consequências.

Agora estão todos desnorteados, parecem baratas tontas, uns dizem que se não lhe deve dar atenção porque é o que ele quer, mas ele tem que ser levado a tribunal, e obviamente há a curiosidade natural para se saber como a sociedade em geral liga com uma tragédia destas. Isso é inevitável.
O que está aqui a falhar é apenas honestidade. Ninguem quer abordar o problema. Porque motivo é que um norueguês, durante nove anos planeia uma carnificina de dimensões épicas e a põe em prática? E há que referir que o fez de forma bastante metódica, pelo que se pode concluir que pelo menos burrinho ele não era. Para quem não sabe, ele durante 9 anos manteve um diário onde apontava detalhadamente os progressos que ia fazendo. A preparação incluiu viagens a áfrica para tráfego de diamentes, viagens a países da ex união soviética para treino terrorista, os próprios empregos que exercia eram escolhidos já a pensar na execução do crime.
O motivo pelo qual ninguem quer discutir a motivação do crime, é porque esta é bem real. Em Portugal ainda não se observa muito, mas quem viaja pelos países mais ricos da europa, concerteza já reparou que estamos em plena colonização islâmica. Qualquer voz que se levante para discutir o problema, é imediatamente silenciada e etiquetada como racismo, nazismo, fascimo, comunismo, ou qualquer outro ódio político socialmente aceite. Claramente, o assassino estava frustrado com a stuação no país dele e não arranjando outra forma de se manifestar, decidiu enveredar pela via da violência extema.

Anders breivik vivia sozinho, a sua estrutura familiar há muito que tinha sido destruida, já não via o seu pai dsde os seus 15 anos e tinha cortado o relacionamento com a mãe por não concordar com a eduação que lhe tinha dado. O pai já teve o descaramento de vir dizer à cominicação social que o seu filho se devia ter suicidado em vez de matar tantas pessoas. É preciso um grande descaramento para se dize tal inbecilidade. Talvez se tivesse acompanhado o filho de perto, teria ele prórprio notado que o filho não andava a bater bem da bola. Mas Anders Breivik não tinha ninguem que o supervisionasse, estava à solta com a sua determinação em se fazer ouvir por via da violência extrema.

E está tudo a correr como ele planeou, ele tinha perfeita consciencia que ia ser apanhado, julgado e condenado e que ia continuar a impressionar e enraivecer milhões. O mal não está feito, está a acontecer a cada dia, as famílias das vítimas vão ter que passar pelo sofrimento de o ver a manifestar o seu orgulho publicamente durante dez e não há nada que se possa fazer em relação a isso.
A questão que eu deixo: por que motivo é que a motivação do crime é um tabu? Será que nao se pode tentar perceber o que levou um monte de merda a cometer tal acto sem concordar com o acto em si?

Fica a reflexão... para quem tiver a coragem de a fazer.